sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bater ou corrigir?

Publicado em 26 de julho de 2010, por Amilton Menezes



A polêmica de “bater” ou não nos filhos continua. A proposta do governo, enviada ao Congresso no começo deste mês, “estabelece o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigos corporais ou de tratamento cruel ou degradante”.



Hoje o Datafolha publicou uma pesquisa interessante sobre o assunto. A amostragem confirmou o que se imaginava. A maioria dos brasileiros já apanhou dos pais. E também já bateu nos filhos. E mais: é contra o projeto do governo federal que proíbe as palmadas, beliscões e castigos físicos em crianças.



Dos 10.905 entrevistados, 54% disseram ser contra o projeto. 36% concordam com a proposta do presidente Lula. Outro detalhe da pesquisa é que os meninos costumam apanhar mais, e as mães (69%) batem mais do que os pais (44%). No total, 72% disseram ter sofrido castigo físico. 16% destes afirmaram que isso acontecia sempre.



“Bater” é uma expressão muito pesada. Prefiro chamar de “correção”. Os defensores da correção física são contundentes. Os contrários, também. Quando menino, levei algumas palmadas e beliscões. Confesso que não fiquei traumatizado e foram extremamente importantes para corrigir rotas e tendências não tão positivas.



Como pai, também usei dessas atribuições. A esposa, confirmando a pesquisa, um pouco mais. Porém, sempre com equilíbrio. E o equilíbrio, sem dúvida, é o “x” da questão. Antes da correção, propriamente dita, uma conversa séria, franca. A criança precisa entender as razões da “punição” ou das “chineladas”. É a hora da verdade. E é a hora onde a raiva, “surpreendentemente”, esvai-se rapidamente. Ganha o pai e ganha a criança.



Por isso, prefiro ficar com a Bíblia. “Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão. Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte.” Provérbios 23:13 e 14.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A luta de Nadson Portugal contra a doença

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O cantor Nadson Portugal, 46 anos, está com psoríase, uma doença crônica e incurável. Trata-se de uma doença inflamatória da pele, benigna, relacionada à transmissão genética e que, diante de vários fatores, melhora ou piora a situação. Afeta de 1 a 2% da população mundial, independente de sexo. No inverno o sofrimento é maior. Alguns amigos, sensibilizados com a situação e dificuldades que está enfrentando, criaram um blog para ajudá-lo nesse tratamento e o drama enfrentado por Nadson hoje é conhecido entre todos que admiram seu trabalho.
Nadson tornou-se conhecido pelo Grupo Harmuss, de Salvador, Bahia, nos anos 90, especialmente na música “Quem é este Homem?”, uma das mais rodadas na programação das emissoras Novo Tempo, na época.
Hoje, tem três álbuns solos gravados. Exerce o ministério musical voluntário, participando de programações por todo o Brasil. Reside na capital baiana, de onde concedeu uma entrevista exclusiva a este blog.
Nadson, desde quando você começou a sentir os sintomas dessa doença?
Esta doença se manifestou há cerca de 16 anos atrás, mas sempre de forma médio-moderada. Agora porém, em reação a um tratamento feito entre os meses de abril e junho, fugiu ao controle chegando a ocupar cerca de 90% de todo o corpo.
Incomoda muito?
É extremamente incômoda pois, além de ardência e sensação de queimação, coça muito. Sem contar o aspecto estético que é extremamente desagradável.
Como você tem enfrentado essa situação?
Tenho enfrentado a situação com muita resignação e acreditando que “tudo coopera para bem dos que amam ao Senhor”. Sei que esta enfermidade é para glorificação do nome do Senhor, pois de forma poderosa Ele tem me amparado e providenciado todas as coisas necessárias neste momento.
Já enfrentou algum tipo de preconceito ou rejeição por causa da psoríase?
Já enfrentei preconceito, sim. Mas entendo que é por conta da falta de informação sobre esta doença. As pessoas em geral temem ser contagiosa, coisa que não é. Mas eu não fico triste com isso, não. Eu entendo.
E as programações agendadas, com tem feito?
Quanto à agenda de compromissos, foi necessário adiar e ou cancelar os eventos de todo o mês de julho e parte do mês de agosto. Mas, pela graça de Deus, logo estaremos em ação! A propósito, eu quero agradecer a compreensão de todos os irmãos quanto a isso.
 E a fé, como está?
Sempre cantei e falei pra muita gente sobre ser fiel e louvar a Deus em meio às tempestades da vida. Agora chegou a hora de provar pra mim mesmo o quanto eu creio em tudo isso que prego e canto. E neste momento tão nebuloso o Senhor Jesus tem se mostrado presente, posso senti-Lo me amparando e me dando a força e a coragem que nunca tive pra enfrentar prova como esta, com a certeza da vitória.
Alguma música o fortalece de maneira especial?
Eu glorifico a Deus por seus músicos e compositores, pois numa hora como esta são muitas as canções e os louvores que me transmitem conforto e paz. Dentre as quais eu destaco uma que foi gravada pelo Pr. Josué de Castro em seu primeiro cd. Não me recordo o título, mas o refrão diz: “Se meu louvor exige entrega eu quero me entregar…”. A outra fui eu mesmo quem gravei. É a canção “O céu vai revelar” que está no último álbum: coisas que olhos nunca viram.
Um recado para os ouvintes da Novo Tempo?
“Não temas pois eu Sou contigo, não te assombres pois Eu sou o Teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” Isaías 41:10 a 13. Alguém um dia me disse que ninguém invade as fileiras do inimigo, resgata perdidos em nome do Senhor, e fica imune aos ataques do devorador, mas disse também que nada temos a temer, pois somos, em Cristo (nosso comandante), mais que vencedores. Eu sei que não é contra carne. E também sei em quem tenho crido. Por isso estou certo que nada me separará do amor de Deus, que está em Cristo, meu Jesus! Graça e paz a todos os filhos e filhas do Senhor que ouvem a Novo Tempo neste momento, e à toda equipe NT em todo Brasil.
O blog “Amigos de Nadson” apresenta mais detalhes sobre a doença, imagens do cantor com a psoríase e também a possibilidade de deixar uma mensagem especial e também contribuir financeiramente para seu tratamento.
Veja em http://amigosdenadson.blogspot.com

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